(Siga antes de tudo o seu coração)
Meu filho não dorme a noite toda. O Dela só faz hibernar a ponto dela ter que o acordar.
Eu aqui mal consigo cuidar das tarefas do dia a dia. E ela já malhou, trabalhou, cuidou da feira, e fez o jantar.
Meu filho não fala nada, ainda. O Dela adora tagarelar sem parar.
Eu com vários quilos acima pós gestação, e ela mais magra do que antes dizendo que foi a amamentação.
Meu filho tá demorando a andar. O Dela corre, pula salta e ninguém consegue parar.
Eu todo dia já acordo acabada, e ela com mais disposição de quem tá numa balada.
Meu filho não come brócolis, cenoura e inhame. O Dela segue todo BLW e seu bê-a–bá de forma exemplar.
Brincadeiras à parte, temos que falar: a comparação pode mesmo machucar. A gente teima em esquecer que cada ser é único e que cada um tem seu tempo. Sofre. Se martiriza por não conseguir parar de se comparar. E os comparar.
Isso cega, nos deixa insatisfeita com o que temos e o que somos, nos priva de realmente viver a nossa própria vida e a dos nossos filhos. Com suas delicias e dores. Mas incrivelmente nossa.
Entre buscar inspiração no outro que a gente admira e se comparar existe uma linha tênue. Inspirar-se é fazer nascer o entusiasmo em nós através do outro. Algo que pode ser bem positivo. E quando assim for preciso.
Só não esquece: o seu filho não precisa ser o primeiro, o mais, o além. Ele precisa ser, simplesmente, feliz.
E tenha certeza que aquela mãe que você gostaria de ser é essa ai que reflete no seu espelho. Aquela que seu filho unicamente gostaria de ter: você!